Na próxima terça-feira (04/05), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e a Fundação Conrado Wessel entregam a mais importante honraria em ciência e tecnologia do país, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia, ao físico Luiz Davidovich, ganhador desta edição do Prêmio.
O Prêmio será entregue durante a Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências (ABC), às 19h, no Hotel Copacabana Palace, Rio, onde também acontecerá a posse dos novos acadêmicos da ABC.
Físico quântico
Natural do Rio de Janeiro, capital, Davidovich se graduou em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 1968, e fez doutorado em Física pela University of Rochester, em 1975. É professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente lidera um grupo de pesquisa sobre o fenômeno do emaranhamento de estados e, em particular, no estudo da ação do ambiente sobre essa propriedade fundamental do mundo quântico. É o secretário-geral da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), evento que se realizará entre 26 e 28 de maio, em Brasília.
Autor de mais de 80 artigos publicados, Davidovich é membro da Academia Brasileira de Ciências, da Ordem do Mérito Científico do Brasil, da Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento (TWAS), da National Academy of Sciences e da Fellow da Optical Society of America. Vencedor do Prêmio Física 2001, da TWAS, o professor Luiz já orientou 16 teses de doutorado e 14 dissertações de mestrado. O secretário-geral da 4ª CNCTI também integrou o Conselho Deliberativo do CNPq entre 2005 e 2009.
Maior honraria da ciência brasileira
O Prêmio Almirante Álvaro Alberto é uma parceria entre o Ministério da Ciência e Tecnologia, o CNPq e a Fundação Conrado Wessel. É um reconhecimento e estímulo a pesquisadores brasileiros pelo trabalho realizado ao longo de sua carreira em prol do progresso da ciência e pela transferência de conhecimento da academia ao setor produtivo.
É concedido anualmente, em sistema de rodízio, às grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida; Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes. Nesta edição, referente ao ano de 2009, a área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias foi a contemplada.
O importante diferencial do prêmio é não aceitar inscrições. O agraciado escolhido recebe diploma, medalha e R$ 150 mil, quantia concedida pela Fundação Conrado Wessel. A cada ano, uma Comissão de Especialistas é designada para indicar os nomes dos candidatos merecedores do prêmio. A comissão é formada por representantes da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Associação Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CONSECTI), do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados (CONFAP) e dos Comitês de Assessoramento do CNPq.
Este ano, a comissão foi formada por Jacob Palis Júnior (presidente), Jacques Raymond Daniel Lépine, Roberto Kant de Lima, Glaucius Oliva, Luiz Bevilaqua, Celso Pinto de Mello, José Ivonildo do Rego, Ildes Ferreira de Oliveira e José Policarpo Gonçalves de Abreu.
Criado em 1981, o Prêmio vem sendo concedido aos mais destacados pesquisadores brasileiros, entre eles Sergio Henrique Ferreira, Fernando Galembeck, Carlos Chagas Filho, Celso Monteiro Furtado, Aziz Nacib Ab'Saber, Ozires Silva, Florestan Fernandes, Caio Prado Júnior, Otto Richard Gottlieb, Mário Schenberg, Herch Moysés Nussenzveig, José Leite Lopes, Eduardo Moacyr Krieger, Jacob Palis Júnior, Maria Isaura Pereira de Queiroz, entre outros.
Sobre Álvaro Alberto
Seguindo o caminho trilhado por seu pai, o médico Álvaro da Silva, e de seu avô, o farmacêutico João Álvaro, ao longo de mais de um século, Álvaro Alberto também seguiu o caminho das ciências. Foi na Escola Naval do Rio de Janeiro que o jovem Álvaro Alberto iniciou seus primeiros estudos e começou a se destacar, ficando sempre entre os melhores do colégio.
Durante mais de 30 anos, Álvaro Alberto se dedicou ao magistério sem abandonar suas pesquisas, especialmente na área de explosivos e também com estudos mais aprofundados na área de energia nuclear.
Idealizador e primeiro presidente do CNPq, então Conselho Nacional de Pesquisas, o Almirante também foi o representante brasileiro na Comissão de Energia Atômica (CEA) das Nações Unidas e presidiu a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Respeitado no meio acadêmico, Álvaro Alberto sempre defendeu que o desenvolvimento científico e tecnológico estava intimamente ligado com a prosperidade do país. E, acreditando nisso, deu início a uma nova era na pesquisa científica no país, com a criação do CNPq, cujo principal objetivo na época e que perdura até hoje é investir no potencial humano.
Veja a lista completa em
http://www.cnpq.br/premios/2008/alvaro_alberto_2008/index.htmFonte: CNPq
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